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Chamo-me Fábio Inácio, nasci e fui criado na zona de Cascais, Portugal, e sempre fui um apaixonado pelo desporto.

Sou uma pessoa com deficiência auditiva, mas isso nunca me impediu de praticar qualquer tipo de atividade física. Apesar de ter algumas dificuldades, como por exemplo com os apitos durante os jogos oficiais de Futebol, sempre lutei para conseguir ultrapassar os meus objetivos. Hoje em dia enfrento-os com naturalidade.
 

A minha carreira no desporto começou quando tinha 10 anos. Comecei por jogar Futebol, desporto que me fez crescer como pessoa e homem. Posteriormente foram muitos os desportos que pratiquei na escola, os quais relembro com saudade e dos quais destaco o Atletismo, Futsal e Basquetebol.

Tive uma carreira no futebol inesquecível e fantástica durante 8 anos. Passei pelo Grupo Desportivo Estoril Praia nos Infantis 2 anos, Grupo Musical Desportivo 9 Abril Trajouce nos Iniciados 2 anos, Associação Desportiva de Oeiras nos Juvenis 2 anos, União Recreativa e Desportiva de Tires no Junior 1ºano, Grupo Musical Desportivo 9 Abril Trajouce e Clube Atlético Pero Pinheiro no Junior 2ºano. Na altura em que joguei no Trajouce Iniciado 2ºano fui convidado pelas ADOeiras e Belenenses para jogar no Juvenil 1ºano, contudo acabei por optar pela ADOeiras por ficar mais próxima da minha residência e também porque comecei a perder a motivação para jogar na equipa Trajouce devido a conflitos com o treinador. Entretanto, Pero Pinheiro convidou-me para fazer parte da equipa e eu decidi aceitar por ser um novo desafio. No entanto, com o passar do tempo apercebi-me que o tempo gasto em viagens não era compensador; perdia cerca de 5horas (com a carrinha do Pero Pinheiro +/- 3 horas de viagem ida e volta + 2h de treino).

No ano de 2007, tinha eu 16 anos e jogava na ADOeiras, ocorreu o VI Campeonato Europeu de Futebol de Surdos. Era um grande sonho para qualquer jogador vestir uma camisola da Seleção de Portugal, e eu não era exceção, por isso participei no Campeonato. Competir com jogadores mais velhos foi uma experiência incrível. Tive oportunidade de mostrar as minhas capacidades, uma vez que dentro do campo a prestação de cada jogar depende apenas da sua estratégia e resistência e não da sua idade, força ou altura. Era um dos atletas mais novos nesta competição e fui considerado o atleta mais jovem participante no total de jogos. Deixo aqui uma foto como uma recordação linda por que passei.



Eu nr.º 4 na fila cima.

 

Infelizmente quando entrei na faculdade tive de abandonar o meu desporto preferido. Pouco tempo depois de entrar na faculdade parti o pé direito, mais precisamente o 5º metatársico, a jogar à bola com amigos e fui obrigado a utilizar gesso durante 2 meses. Consequentemente, devido à imobilização, engordei cerca de 10 kg e cheguei a pesar 94 kg. Foi muito difícil recuperar fisicamente, mas felizmente consegui voltar ao meu peso normal. Contudo, após um ano e 4 meses da minha primeira lesão, parti novamente o pé no mesmo sítio e fiquei inativo entre 4 a 5 meses, mais uma vez com a utilização de gesso. Um erro médico prolongou ainda mais o tempo de recuperação e só consegui voltar a praticar desporto 6 meses depois da segunda lesão. Esta lesão foi um choque muito duro, uma vez que passei por momentos bastante difíceis. Inclusivamente o médico aconselhou-me a praticar outras modalidades, por serem mais seguras dado que o osso ficou muito frágil. Fiquei muito assustado com esta notícia. No entanto, não desisti; voltei a persistir, a lutar, e experimentei várias modalidades até que surgiu a modalidade, insubstituível: o BTT. O vício instalou-se num segundo dentro de mim.